O que é a eletromiografia ?
A eletromiografia (EMG) é um exame médico eletrofisiológico utilizado para estudar a função dos nervos periféricos, da placa motora e da fibra muscular, cuja disfunção é responsável por alterações da sensibilidade, da força muscular e dor.
São exemplos de patologia mais frequente a síndrome do túnel cárpico, a polineuropatia diabética e a lombociatalgia por lesão radicular. É igualmente fundamental no diagnóstico de doenças neuromusculares mais raras (ex.: miastenia gravis, doenças do neurónio motor e doenças genéticas do nervo e do músculo) e no diagnóstico de exclusão na fibromialgia e patologia conversiva.
É preciso alguma preparação especial ?
Não. Contudo, é conveniente trazer roupa larga e evitar a utilização de collants ou meias altas. Deve manter a pele seca (não utilizar cremes ou hidratantes) e retirar pulseiras ou anéis. Deve informar o seu médico se tomar medicação anticoagulante ou ser portador de pacemaker ou outro dispositivo eletrotónico implantado.
Como se faz ?
O exame é realizado pela utilização de dispositivos que, em contacto com a pele, emitem e detetam pequenas correntes elétricas. Em alguns casos é também utilizado um elétrodo colocado numa agulha muito fina que é inserida em pontos específicos para registo da atividade muscular (exame de agulha). O sinal é processado por um equipamento especializado, o eletromiógrafo. Os resultados do estudo neurofisiológico são posteriormente interpretados pelo médico neurofisiologista tendo em conta o contexto clínico disponível, resultando na elaboração do relatório do exame.
É desagradável ou doloroso?
A aplicação de corrente elétrica produz uma sensação de choque elétrico de pequena a média intensidade, facilmente suportável. No exame de agulha é utilizada uma agulha de calibre inferior às utilizadas para injeção ou punção sanguínea.
---
Na eletromiografia é fundamental um registo rigoroso dos sinais elétricos e a interpretação por um médico com diferenciação em neurofisiologia clínica e patologia neuromuscular (ciclo de estudos especiais de Neurofisiologia Clínica reconhecido pela Ordem dos Médicos). Por outro lado, a orientação e interpretação do exame dependem significativamente da informação disponibilizada pelo médico assistente que requisita o exame.
PERGUNTAS FREQUENTES
A eletromiografia é realizada através da utilização de dispositivos que, em contacto com a pele, emitem e detetam pequenas correntes elétricas. Em alguns casos é também utilizado um elétrodo colocado numa agulha muito fina que é inserida em pontos específicos para registo da atividade muscular (exame de agulha). O sinal é processado por um equipamento especializado, o eletromiógrafo. Os resultados do estudo neurofisiológico são posteriormente interpretados pelo médico neurofisiologista tendo em conta o contexto clínico disponível, resultando na elaboração do relatório do exame.
O mesmo que eletromiografia.
É uma parte do estudo neurofisiológico que permite estudar a atividade eléctrica da fibra muscular, proproacionando informação relevante sobre a fibra muscular e as fibras motoras que inervam o músculo.
É necessário utilizar em todos os caso o elétrodo de agulha ?
Não. A utilização do exame de agulha, bem como a escolha dos músculos a explorar, depende da finalidade do exame, da informação clínica proporcionada pelo médico prescritor e de outras variáveis, nomeadamente da informação e impressão clínica que vão sendo obtidas pelo médico neurofisiologista durante a realização do exame.
A informação clínica è relevante para orientar o exame ?
Sim. O exame é orientado tendo por base a informação clínica diponível presente na requisição do exame, devendo inlcuir uma síntese dos aspetos mais relevantes da história clíncia, do exame físico e dos resutados de eventuais exames complementares realizados.
O exame eletromiográfico testa sempre todas as possibilidades de lesão do sistema nervoso periférico e assegura que as alterações encontradas sejam a causa da doença em estudo ?
Não. O estudo eletromiográfico deverá ser sempre considerado uma extensão do exame neurológico. O estudo é conduzido tendo por base a informação clínica disponível e as hipóteses clínicas colocadas, não testando, por conseguinte, todas as possibilidades de lesão do sistema nervoso periférico nem assegura que as alterações encontradas sejam a causa da doença em estudo. Portanto, é imperativo que os resultados e as conclusões do estudo sejam sempre interpretados, pelo médico assistente, à luz do contexto clínico global e da informação do exame neurológico.
A ADSE comparticipa a eletromiografia ?
Sim. Pode confirmar as condições e o valor do reembolo no simulador de reembolsos da ADSE.